No Tempo do Cativeiro
Agostinho Neto
No tempo do cativeiro
Quando o Sinhô me batia
Eu rezava para nossa senhora
Meu Deus como a pancada doía
No tempo do cativeiro
Quando o senhor me batia
Eu rezava para nossa senhora
Meu Deus como a pancada doía
Trabalhava na lavoura
No açúcar no cinzal
Negô era chicoteado
No velho tronco de pau
Quando cheguei na Bahia
A capoeira me libertou
E até hoje ainda me lembro
Das ordi do meu Sinhô
Trabalha negô
Negô trabalha
Trabalha negô
Pra não apanhar
Trabalha negô
Negô trabalha
Trabalha negô
Pra não apanhar