O Pagem
Alfredo Marceneiro
Todas as noites um pagem
Com voz linda e maviosa
Ía render homenagem
Á Marquesinha formosa
Mas numa noite de agoiro
O Marquês fero e brutal
Naquela garganta de oiro
Mandou cravar um punhal
E a Marquesa delirante
De noite em seu varandim
Pobre louca alucinante
Chorando, cantava assim:
Óh minha paixão querida
Meu amor, meu pagem belo
Foge sempre minha vida
Deste maldito castelo