Tapa Na Cara
Almério
Eu não queria ter que gritar
Não queria ter que sentir
Porém o mundo vem e me dá
Um tapa na cara todo dia
E com as pedras que você atirar
Vou fazer uma ponte para atravessar
Esse desorizonte sem céu nem porvir
Vou cuspir de volta os sapos que você quer me fazer engolir
Desejo vasto de vontade
Por uma vida desencadeada
Comprei o almoço com a grana da janta
E na hora da janta, a alma devastada
Como pode alguém se equilibrar
No fio dessa vida tão grande e tão breve
Desejo de um bacurau
Que as vozes se juntem, se acolham
E não levem
Um tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Desejo vasto de vontade
Por uma vida desencadeada
Comprei o almoço com a grana da janta
E na hora da janta, a alma devastada
Como pode alguém se equilibrar
No fio dessa vida tão grande e tão breve
Desejo de um bacurau
Que as vozes se juntem, se acolham
E não levem
Um tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Tapa na cara todo dia
Um tapa na cara todo dia
Tapa na cara todo dia
Tapa na cara todo dia
Tapa na cara