Minha Mesa
Azagaia
Enquanto uns relaxam e engordam a carteira
Eu e o meu povo suamos da mesma maneira
O teu pão não tem bactéria, por que é que tocas no meu?
Se isso foi uma brincadeira, fica a saber que me aborreceu
Suba os preços das amantes, mas não, nunca do pão
Ya nós somos ignorantes, mas os nossos bolsos não
E os nossos filhos não se alimentam de jornais
E nem engolem sapos como fazem os pais
Tire as mãos da minha mesa, já não toca dos meus filhos
Vais perder o gabinete se eles perderem mais quilos
Não me interessa a política do banco do país
Enquanto alguém explica, eu meto o dedo no nariz
Ou o dedo no gatilho à procura de comida
Subiu o preço do pão, mas não, não da bebida
Pago 3 sem viajem só de ida
Dou um golo de coragem e esquece a minha vida
Esqueço que o partido agarra-me os testículos
Esquece de tanto fingir ficamos ridículos
Pense nas mendigas, pense nos mendigos
Porque sei que na guerra do pão nós somos unidos
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Porque tu não vais gostar quando eu roubar a tua mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Porque tu não vais gostar quando eu roubar a tua mesa
Ai, ai, ai, meu irmão, controla o teu espírito
Incomodas o sonos dos grandes como um mosquito tu
Batem palma para ti e esmagam o teu zumbido cru
Entrega-te aos teu cães e não tarda seres perdido, you
Eu tenho ouvido que o teu telhado é de chapas
O teu prato é de vidro, atiras pedras pós guardas tipo és o número 1
Cuidado que os teus bradas também querem o teu menu
E e assim que o dinheiro circula num bolsa de valores
O pão da tua mesa quem paga são os investidores
Meu irmão, eles dizem que isso chama-se inflação
A calça que chega da Europa aqui fica calção
Os mendigos da gravata também têm patrão
Por isso que eles até matam para garantir o pão
Então há guerra fria para comer um pão quente
E mesmo com magia que gente mata gente
Por isso é que eu te digo, mesmo de forma diferente
Por isso muita gente já não me olha de frente
Nós somos África, sempre sorridente
Há sempre um jovem a pensar e um velho paciente
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Porque tu não vais gostar quando eu roubar a tua mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Tira, tira as mãos da minha mesa
Porque tu não vais gostar quando eu roubar a tua mesa