Sinto Tanta Raiva...
Baco Exu do Blues
Eu sinto tanta raiva que amar parece errado
Tive um ótimo dia
Com essa gostosa numa exposição de arte moderna
Anda tudo bem demais pra num dar merda
Como Atlas, sinto a responsabilidade nas costas
Me perguntam, mas não tenho resposta
Jovem demais pra ser representante de algo
Você se parece comigo, por que me vê como alvo?
A internet lembra minha cidade, guerra de bairros
Negros fazendo outros negros serem cancelados
Cantando sobre o que acontece vejo que poucos mudaram
Quantas vezes você já foi amado?
Cantar sobre amar talvez seja mais revolucionário
Sobre os amigos que matariam por mim ou sobre o sonho de um carro
Nossa gente vencer tem que deixar de ser raro
Nem se a polícia me pedir para parar eu paro
Me recordo dos meus ancestrais, todos continuaram
Me culparam sobre crimes que não cometi e isso é tão errado
Pensei em desistir, mas me acostumei com o peso de ser odiado
Só porque venci querem que eu me sinta culpado
Tudo bem, sempre fui maltratado
Ter autoestima sendo como eu se tornou pecado
Exu do Blues é vilão, um jovem inconsequente, surtado
Chega perto, vou contar um segredo
Se acostume a ver preto e dinheiro
São só notas, baby, não fique com medo
Fiz milhões, continuei negro (surpreendente)
Vença, vença, vença, vença mesmo
Lingerie da Prada, prata e cristais finos
É minha preta mesmo, é minha preta mesmo, é minha preta mesmo
Meu time só ganha, nunca perdemos
Nós é sem destino, o mundo é pequeno
Meu time só ganha, nunca perdemos
Nós é sem destino, o mundo é pequeno
Meu time só ganha, nunca perdemos
Nós é sem destino, o mundo é pequeno
Meu time só ganha, nunca perdemos
Nós é sem destino, o mundo é pequeno
Demais pra nós, demais pra nós
Pequeno demais pra nós
Exú Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, axé!
O lé sónsó sí orí esè elésè, axé!
Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, axé!
A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, axé!
A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, axé!
Asòntún se òsì láì ní ítijú, axé!