Aldeia da Roupa Branca
Beatriz Costa
Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Roupa no monte a corar
Vê lá bem tão branca e leve
Dá ideia a quem olhar
Vê lá bem que caiu neve
Água fria, da ribeira
Água fria que o Sol aqueceu
Ver a aldeia traz à ideia
Roupa branca que a gente estendeu
Três corpetes, um avental
Sete fronhas e um lençol
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol
Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Olha ali o enxoval
Vê lá bem de azul da esperança
Parece o monte um pombal
Vê lá bem que pombas brancas
Água fria, da ribeira
Água fria que o Sol aqueceu
Ver a aldeia traz à ideia
Roupa branca que a gente estendeu
Três corpetes, um avental
Sete fronhas e um lençol
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol
Ai rio não te queixes
Ai o sabão não mata
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata
Um lençol de pano cru
Vê lá bem tão lavadinho
Dormimos nele, eu e tu
Vê lá bem, ficou de linho
Água fria, da ribeira
Água fria que o Sol aqueceu
Ver a aldeia traz à ideia
Roupa branca que a gente estendeu
Três corpetes, um avental
Sete fronhas e um lençol
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol