Monstro

Bezegol Bezegol

Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna

Esforço-me pelo meu filho
Esforço-me pela família
Esforço-me pelos amigos
Boy! Esforço-me pela vida
Esforço-me p'ra não ser mais um filho da puta em linha
Na vida de quem me cruza e muitas vezes subestima
Difícil dar a outra face
Difícil ter de engolir sapo
Difícil conviver com todos e ver que não passam de fracos
Ouvir a conversa de quem não corresponde com os actos
De tanto ver ouvi dizer até já tenho os olhos fracos
Não queria tanto perder tempo mas o tempo já me perdeu
O monstro que vive em mim é muito mais forte do que eu
Foi gerado pela forma do que à frente me apareceu
Ver chamadas adiadas o meu monstro agradeceu
Mas continuo com a minha fé à espera de paciência
Que a natureza dos meus actos não me conduza à demência
De tanto querer ser correcto me tornar um ser errante
De tanto querer ser directo o caminho ser desviante

Boy!

Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna

O monstro que vive em mim não é diferente do teu
Só difere no ambiente onde cada um se desenvolveu
A essência que desperta os modos que aprendeu
Que faz um olhar pro outro e achar que o monstro sou eu
Neste constante julgar vamos fazendo a nossa vida
À espera que a do vizinho seja sempre a mais fodida
Nem sequer vemos que lá em cima é que está quem segura o fio
E hoje o que é uma corda amanhã pode virar o pavio
Mas fica frio
Pior que a morte não te aparece
Ou será que a morte que não vês em ti é uma benesse?
Sofre mais quem não esquece
Ignora quem desconhece
E pede absolvição p'ra que o pecado não cesse
Direito por linhas tortas quiseram que acreditasse
Livrai-nos do mal amém
Boy! Quiseram que eu rezasse
Reinos e promessas de lobos com pele de cordeiro
Manter o povo burro p'ra lhes sacar o dinheiro
Isso é feio!

Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna
Esforço-me por descobrir a forma de fugir à norma
De ser o monstro que a vida nos torna

  1. Rude sentido
  2. Tempo
  3. Monstro
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