Aniversário de Sobriedade
Black Alien
Vish, meu cumpadi que fase
Me olho no espelho: Mas, Gustavo, o que fazes?
Cadê as letras? Esqueceu da caneta
Fica só cheirando em cima do CD de bases
Os beatmakers, os melhores do país
E eu só vou pra Jamaica pra acalmar o meu nariz
Mete a venta e não produz
Bye bye Gus, babylon by trevas volume zero, sem luz
Tô sem frases, o que me trazes?
Isso é metanfetamina, a droga dos kamikazes
Precisam de coragem pra poder morrer na guerra
E eu preciso de coragem pra viver fazendo as pazes
Ou quase
Se me der guerra, eu quero mais
O tempo fecha e eu tô de pé chamando temporais
Viciado em caos, na beira do cais
Banquete animado ao bando de animais
Nas dependências da clínica de dependência química
Me deixa quieto aqui na minha, cara
Nas dependências da clínica de dependência química
Gata, mexe aqui na minha cara
Buceta pro homem fraco é que nem cocaine
Dependência é muita treta, reclamar com quem
Vira o centro do rolé, diversão que encarece o kit
Whisky, pó, cigarro, ‘mulé’ e um carro pra Nikity
Tão elevado, complexo de Nietzche
Tá ligado, eu tô ligado sem nexo no beat
É um crime jogar meu tempo fora aqui suando creme
Jogo tudo fora ou me jogo da Pedra do Leme
Falando assim, você quase me assusta
Falando assim, assim falou Zarathustra
Falando assim, não tem como escutar nada
Então, qual é a da parada, quem me busca na Augusta?