Fado Lezíria
Carlos do Carmo
Mar Ribatejo, maré cheia
O meu cavalo deslumbrou-se
E galopando pela areia
Bebeu o mar salgado e doce
É na Lezíria que nos cheira
A Maré viva dos esteiros
Água chorada a vida inteira
De homens que foram pioneiros
*Refrão:
Tira o Barrete, põe o colete
De homem p'ra homem enfrenta o touro
Ensina o verde ao teu ginete
Que o verde é esperança, que o verde é ouro
Tira o barrete, põe o colete
Pega de caras o teu destino
Tira do verde todo o verdete
Homem inteiro, verde campino
Longe uma praça de aventuras
Luzes num traje de um toureiro
Garcia Lorca que procura
Ver na arena o seu tinteiro
Mundo de passes e faienas
E de lugares de sombra e sol
Os dois sectores que há nos poemas
Vivos na prosa do Redol
*Refrão:
Tira o Barrete, põe o colete
De homem p'ra homem enfrenta o touro
Ensina o verde ao teu ginete
Que o verde é esperança, que o verde é ouro
Tira o barrete, põe o colete
Pega de caras o teu destino
Tira do verde todo o verdete
Homem inteiro, verde campino