De Esquina
Cássia Eller
Esquina, paranóia delirante
Atrás de uma farinha loucura, na pane
Sequencia de um papel
Não curto isso aí, mas tô ligado na parada que domina por aqui
Fumando um baseado, curtindo de leve
No pagode lá da área, eu tô esperto
No movimento que se segue, segue e vai
Eu vou levando, eu vou curtindo, até não dar mais
Tudo prossegue normal, até onde eu sei
Enquanto isso é a melhor cerveja que vem
Leva essa, traz mais uma e põe na conta
Tô sem dinheiro, tá valendo, eu tô a pampa
São várias delas passeando por aí, mas e aí
No balançar, no psiu, dentinho vem a mim
Meu 71, sei que é bom, dá pra convencer
E essa noite, ai, meu Deus, eu vou comer
A fuleragem predomina, e rola solta
Um tititi, um auê, e aí, mas e aí
No goró eu viajei, já tomei demais
Paranóia delirante, eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
Atrás de uma farinha loucura na pane
A esquina é perigosa, é atraente
Nossa, quanta gente, que movimento interessante
Um carro desce, o outro sobe
Pro boite do Natal, pra onze esquinas da Cohab 2
Todo mundo à vontade, aê cuidado
Mano que é mano tá ligado
Chega como eu cheguei
Fica como eu fiquei (pisa como eu pisei)
Faz como eu fiz, eu sou o Xis
Então me diz, Cássia Eller, diz pra mim
Me cita qual que é dessas esquinas que existem por aí
São todas nóias delirantes
Ou estão naquela nossa paz? Devagar e sempre
Em toda área tem um otário que quer mais
Botar pra frente
Resolver a diferença, acabar com aquela treta
Eu vou pedir mais uma breja
Eu tô na paz, vou colar naquela preta
Chega de morte, de tiro
Tô fora dessa puli
Já tô fudido, estado crítico
E aí randal tudo igual? Deixa comigo
Puxa uma cadeira, traz seu copo e senta aí, eu tô aí
Pega o dominó e faz um dez que eu vou ali, eu tô aqui
Encara aquele apê de logo mais com aquela mina, certo
O meu esquema preferido da esquina
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
Atrás de uma farinha loucura, na pane
Esquinas com os mano sempre em frente
Sexta sempre em frente
Sábado, domingo, como sempre
O que vou fazer? E aí fazer o quê?
Segunda, terça, quarta, quinta, não é diferente
Dentinho, preto original
Eu sou mais um mano de ideia
Só mexo com a pá e pum
Virei terror, a rima é minha bomba
Meu território é o lado leste
E a gente se encontra, eu tô aí
Pode chegar, a esquina é o meu lugar
Hei, eu quero é mais
Sou uma aliado do meu povo
Periferia em paz
Eu tô na paz
4P paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz
(Esquina, paranóia delirante) eu tô na paz
(Paranóia delirante) eu tô na paz