Cabra da Peste
Cido Souza
Se xônar agente cuida, se pisar nois atropela, pois meu coração é livre e só vive na banguela.
Eu tô solto no Rodeio, te beijar não me assusta, o meu dia já ganhei, o que vier a mais pra mim é lei.
Pinga pouca não me trinca, fico bambo mais não caio, meto a cara na parede, mais daqui não saio.
A potranca tá montada, o meu chapéu é novo, minha bota escovada, agora só quero é tá na boca do povo.
Minha vida é uma Catira, o meu cinto é de couro, a fivela é banhada, só falta uma mulher de ouro.
Dizem que meu santo é forte, já briguei até com a morte, mandei ela pro outro lugar, porque aqui só entra os fortes.