Eu sou mesmo forrozeiro
Edigar Mão Branca
Porque você me vê engravatado
Na tribuna do congresso brasileiro
Saiba que sou um homem da roça
Orgulhoso de ter nascido vaqueiro
Não modifique o tratamento
Lhe dou o consentimento
Pode me chamar de companheiro
Ou talvez de amigo e camarada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro
Ou talvez de amigo e camarada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro
Não precisa que me chame de senhor
Eu sou somente um cidadão
Como sempre representando o sertão
Em brasília eu só estou deputado
A Bahia é meu estado e hoje fui contemplado
Atuar no parlamento brasileiro
Eu não quero é estar só nessa jornada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro
Eu não quero é estar só nessa jornada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro
Na tribuna ou nos palcos por aí
Me apresento com respeito e consciência
Mas se me falta competência
Meu socorro é apelar pro divino
Que me entregou desde menino meu destino
O colégio lá na roça era o terreiro
A caneta na escola era a inchada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro
A caneta na escola era a inchada
Vossa excelência que nada
Eu sou mesmo é forrozeiro