A Banca do Distinto
Elis Regina
Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarto te pega, doutor
Acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o tonto no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do tonto afinal
Todo mundo é igual quando o tombo termina
Com terra em cima e na horizontal
Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
A trombose te pega, doutor
Acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o tonto no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do tonto afinal
Todo mundo é igual quando o tombo termina
Com terra em cima e na horizontal