Erasmo Esteves (Tijuca Maluca) (feat. Rubel e Emicida)
Erasmo Carlos
Tijuca maluca
Tijuca maluca
Tijuca maluca
Tijuca maluca
Tijuca maluca
Tijuca maluca
Aquela Tijuca de ontem
Não imaginou que aquele menino pacato
Que além de pobre também era chato
E usava papelão de feira feito sola de sapato
E viu o Vasco em cinquenta vencer campeonato
Viria a ser compositor
E até cantor
Passando por porteiro
Por boia e fuzileiro
Vendendo bugiganga
Roubando pitanga e manga
Ouvindo Luiz Vieira e Jackson do Pandeiro
Acreditava na lenda
De que Deus é brasileiro
Sua mãe também era pai
Colorindo seus sonhos
Ensinando na intuição, tudo que não sabia
Força, fé, sabedoria, direto da Bahia
Mas foi na Tijuca que nasceu o desejo
Na Tijuca ele deu o seu primeiro beijo
Igualzinho ao que dava em Brigitte Bardot
E fantasia namorava Marilyn Monroe
Foi aí que o Brando lhe mostrou
Um bluezão de coro, bem americano
E ele entendeu que iria ser compositor
E até cantor
Erasmo Carlos, Carlos Erasmo
Tremendão, gigante e gentil
Que satisfação ter sido o seu camarada
Valeu
Eram Sputiniks no toque
Depois Boys of Rocks, sem fake
Entre Tim Maia e Os Snakes
Guardo os nomes das menina
Terror dos namorado
Aluno de Simonal e Babulina Brasil, pré Pepeu e Carolina
Carlos Imperial e seu império papa fina
Treta na Dock Lobo, igual Djavan na esquina
Não existe som que essa caneta não combina
E foi dali pra pescaria
Você não acende
Mas mil canções Erasmo Tremendão
Erasmo e os tremendões
Recados mil pro mundo pasmo
1-9-7-1
Escute agora Carlos Erasmo
Saindo do seu casulo
Ganhou grandes emoções
Conheceu Roberto Carlos
Tim Maia e Ben Jor
Amigos que lhe ensinaram
Que a música faz a vida melhor
Foi lá que achou a verdade
De não querer ser o que era
Vivendo a sensação de engodo nascer do Rock and Roll
E a singeleza da prosa das canções da Bossa Nova
Notou que a cintura e a bunda das moças eram como as curvas de um violão
E que a razão bravateia
Mas quem manda é o coração
Aprendeu também coisas feias
E caminhos que não seguir
Foi monstros que não vingaram
E pesadelos que não dormiu
Evitou pisas nas flores
Pra não machucar a ilusão
De ser o senhor dos amores
E o AI de todas as dores
De ser o senhor dos amores
E o AI de todas as dores
De ser o senhor dos amores
E o AI de todas as dores
E se tornou compositor
E até cantor