Noite Cheia de Estrelas
Evaldo Braga
Noite alta, céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor
Só tu dormes, não escutas o teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa deste amor
Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com os meus beijos
Canto e a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo
Canto e por fim nem a Lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu
Lá no alto a Lua esquiva
Está no céu tão pensativa
As estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falena
Andam tontas ao luar
Todo astral ficou silente para escutar
O teu nome entre as endechas
As dolorosas queixas ao luar