Estopim (feat. Nocivo Shomon, Eloy Polemico e Spinardi)
Fabio Brazza
[Brazza]
Tim-tim
Tá formado o Dream Team aqui no Casa
Chama o Brazza pra acender o estopim
Nocivo, Eloy, Spi no soco de Joe Frazier Pacquiao
Knock down é feito rifle mira laSer
O rap te oferece mais que a lista do Tinder
E salva vidas como a lista de Schindler
Contra a tirania nazista de Hitler
E quem segue esse tipo de líder, tá aqui meu middle finger!
Entendeu? Soma
Não entendeu? Toma outro hematoma
Coquetel de rima te bota na cama ou te tira do seu coma
Sigo na batalha como lá na Itália no Coliseu de Roma
Rap tá na rua memo, e não no museu do Moma
Sem apelar, por a bunda pra rebolar
Se rebelar sem precisar ser Hezbollar
Quero ser Fernando Pessoa, não Fernando Beira Mar
Pablo Neruda, e não Pablo Escobar
Deu pra sacar?
Não é pela cifra, é pela safra
Por amor, e pra isso eu entro até em estado de estafa
A gente não fala, a gente desabafa
O Brazza não escreve, o Brazza psicografa
[Nocivo]
Mutha fucka!
Pra pipoca meu dedo do meio
Seguindo sagaz na batida cantando a vida que não é recreio
Sucesso do alheio receio, rima vazia, bolo sem recheio
Rap unido é coma, sintoma, sistema toma tiroteio
Mente pensante semeio, feio, esperto com a cara de mal
Onde Pelé morre cedo no enquadro policial
Menor de parafal esconde o sangue com carnaval
Na terra do futebol, sobra estádio, falta hospital
Bandido bom, bandido morto
Justiça cega sangue
Se gritar "pega ladrão!" , no senado morre de gangue
Chega de guerra de ego
Quem é o prego mais foda?
Brotou de sem talento em busca do pódio no ódio por moda
Nem da marvel nem amável, verdades que consomem
Quer ver um herói rimar? Liga pro Super homem
Quem trabalha, vai crescer
Quem não sobe, sempre aponta
Quem vive pra julgar nunca vai pagar minhas conta
De ponta-a-ponta lembro do povo invisível
O pobre vive com um salário e você se acha o incrível
É previsível lobo com sede no rio secando
Se finge até de piranha, jacaré tá malandro
Do lodo imundo das diss, a ceia tô vivo, tô bem
Todo mundo odeia o Chris e o nocivo também
Muitos pra competir poucos pra passar de nível
Profissão MC, missão quase impossível
[Eloy]
Cada instrumental é um universo cheio de milagres
Minhas rimas vidas temperando, sal, limão, vinagre
O que eu quiser eu crio
É bem questão de brio
Se eu não quiser as rimas não saem original, Bandai
Meu nome é sem acento e bate como Maito Gai
Ortografia Hannibal
Ismael Nery da escrita, grita!
O Professor Pasquale diz que a caneta é maldita
Polêmico, vulgo Arábia Saudita
O lema é "desobediência" , caos a causa
Destruir, reconstruir, trampar sem pausa
Nietzscheando eu rimo com o martelo
Tutorial de como erguer castelo
Irmão, eu não ramelo
Muita crítica vazia, muita azia desses papa qualquer lixo
Pau pra qualquer bosta, tratados como bichos
Só carne de vitrine, biquíni-mini, um Social-Zoo, mano!
Vida a novos nichos
[Spinardi]
Ó quem voltô, doutô
O dono do flow que atormenta em cima do beat, é que o Nocivo me inspirou
Eu faço o que faço assim
Relativo seu fim
É um novo começo pra mim
Da qual começou
Hoje eu começo do fim, se ligou?
Tô na maldade, moleque, com a bica na porta que fecha
Haikaiss abrindo mais portas que gravadoras abrindo suas pernas
E o que eu deixei nas internas?
Vejo conceitos antigos com seu instinto
Aqui mais antigo que homem das cavernas
Rap de dentro pra fora
Vou como quem desenrola
Terra do carnaval que se abre estádio e fecha escola
Enquanto o menino apanha e pede esmola
Enquanto a menina no vício fica louca de dois tipo de sacola
Na curiosidade, ator também é plateia
Liguei pro Super Homem, ele tava com diarréia
Aqui não tem colo de vó
Na febre que fica o menor
Mais louco que o Robbin no Tey
E o Batman no Loló
Só o pó
Diversificando os esgotos
Paciência de quem espera uma cesta de 15 pontos
Sem carapuça, colamo no Brazza na fuga
Vou sair pra luta
Dinheiro na cama só quem faz é prostituta