Não Existe Ateu
Fabio Brazza
Yeah, aham
Salve, Chiocki
Perdi tantas vezes
Até aprender que a bondade demais me fez fraco
Eu vi que é preciso um tanto de ódio
Pra lutar pelo que se ama
Mas também é preciso uma dose de amor
Nesse peito de ódio
Se não essa raiva te inflama
Deixa a alma insana
E coloca veneno no fundo do frasco
É fácil rimar
Quero ver não parar de rimar
Quando tudo tiver desabando
O ódio me fez caminhar
O amor deu sentido
Pra eu continuar caminhando
Esse é o equilíbrio
Pra fugir desse ludíbrio
Pra que o sonho não vire delírio
Que o sangue no olho não tire o brilho
Perdoa seu filho
Perdoa se eu firo
Aqueles que eu amo
Tentando fazer o que acredito
Porém no coração da fera
A flor e a dor vivem no seu conflito
Às vezes eu morro e depois ressuscito
Um dia de chuva, no outro granizo
Eu me acostumei a andar no escuro
De olhos vendados
Eu sei onde eu piso
Eu li o aviso (Eu li o aviso!)
Não pula na água que tem barbatana
Matenha distância
A minha caneta é a minha katana
Acredito que a vingança pode ser boa
Foi tentando me vingar do mundo
Que eu fiz essas rimas
E fazendo essas rimas
Achei a estrada que me aperfeiçoa
É da miséria humana
Da gente saber quem completa o mortal perecível
Que nasce a fé
A poesia
A necessidade
Que faz o amor ser possível
Só existe amor
Porque a gente sozinho não é nada
É do medo que nasce a esperança
Só existe Deus
Porque a gente sozinho não basta
Não existe ateu quando avião balança
(Atenção passageiros, apertar os cintos
Estamos enfrentando uma área de turbulência nesse exato momento)
A luz e as sombras são irmãs
Como sol e a lua
Dependo das duas
Das noites escuras
E as manhãs
A arte é filha da morte
Uma parte é da sorte
Mas não se ajoelhe
Quando rimo
Já não sou servo do divinos
Governo o destino com ele