A Poeira e a Estrada
Flávio José
Amigo olhe a poeira
Olhe a estrada
Olhe os garranchos
Que arranham pensamentos
Entre o cascalho
Vá separando os espinhos
Não esqueça que os caminhos
São difíceis pra danar
Nem todo atalho
Diminui uma distância
Nem toda ânsia no final tem alegria
Veja na flor que o espinho lhe vigia
A noite adormece o dia
E a Lua vem lhe ninar
Devagarinho
Vá pelo cheiro das flores
Siga os amores
Nunca deixe pra depois
Nem tudo é certo
Como quatro é dois e dois
Nem todo amor merece todo coração
Se a poesia ainda não lhe trouxe o fermento
E o sofrimento entre o amor, ganhou a vez
Nem tudo é eterno como quando a gente sonha
Por isso amigo
Não se entregue agora
Talvez um dia o mundo lhe peça perdão
Por isso não se perca não
Os amores vão e a gente fica