Viena
Guilherme de Sá
Vou passar em Viena
Ouvir uma valsa de Strauss
Contemplar o espetáculo dos acasos
E tirar a solidão pra dançar
Deixar pegadas no frio
Me perder e depois me encontrar
Permitir que a saudade venha
Daquilo que não ficou
Vou passear sobre a luz
Dos Raios e Trovões
No Danúbio Azul navegar em seu tino
Pra que eu volte atento
E compreenda que o rio muda o tempo todo
E ainda permanece o mesmo
Contornou os seus reveses
Assim é Viena e ela diz
Porque não voltar?
Porque não ficar?
Porque não, se é isso que vale?
Diz que vai ficar?
Só um pouco mais?
Porque não, se o que vale é isso?
Um rio pode secar
E ainda pertencer a um lugar
Uma canção pode cessar
E ainda assim fazer parte de alguém
Assim é Viena, hoje ela é
Amanhã se reinventa
Se torna aquilo que sempre foi
Te fará sentir
E fará sentido