Corsário
João Bosco
Meu coração tropical está coberto de neve, mas
Ferve em seu cofre gelado
E a voz vibra e a mão escreve mar
Bendita lâmina grave que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais
Roseirais, Nova Granada de Espanha
Por você, eu, teu corsário preso
Vou partir a geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar
Me arrastar até o mar, procurar o mar
Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical partirá esse gelo irá
Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
Nova Granada de Espanha
E as rosas partindo o ar