Um Domador Pacholeando
João Luiz Corrêa
Comprei um potro veiaco no rincão da mula manca
Um tostado pata branca, crinudo de lombo curto
Dava gosto de ver o vulto desse monarca endiabrado
Era a estampa do rio grande este bagual encilhado.
Ligeiro que nem um gato, pingo de pelear de faca
Não fica na aspa da vaca quando inventa a vaquear
Nos cascos faz trovejar, coisa de arrepiar os cabelo
Sai fumaça das espora, queimando couro com pêlo
Sai fumaça das espora, queimando couro com pêlo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.
Nunca frouxei meu garrão prá matungo mal domado
No lombo de um aporreado faço tudo o que quiser
Não gosto de andar de à pé, por isso sou domador
Já amansei cavalo e china nos ranchos de corredor.
Faço cama de pelego prá dormir sono de cobra
Meu espinhaço não dobra nem com praga e reza braba
Levanto de madrugada, meu despertador é um galo
Me sinto o rei deste pampa montado no meu cavalo
Me sinto o rei deste pampa montado no meu cavalo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.
Comprei um potro veiaco no rincão da mula manca
Um tostado pata branca, crinudo de lombo curto
Dava gosto de ver o vulto desse monarca endiabrado
Era a estampa do rio grande este bagual encilhado.
Ligeiro que nem um gato, pingo de pelear de faca
Não fica na aspa da vaca quando inventa a vaquear
Nos cascos faz trovejar, coisa de arrepiar os cabelo
Sai fumaça das espora, queimando couro com pêlo
Sai fumaça das espora, queimando couro com pêlo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.
Me sinto um rei à cavalo
E conheço a volta do tombo
Faço do potro um império
E o trono eu faço do lombo.