Benquerença
Luiz Marenco
Te encontro sempre, chinita
Madrugada ou fim de dia
E quando toco teu corpo
Te sinto sempre mais fria
Então te afago e te levo
De encontro a tua morada
Casita simples, humilde
E mesmo assim cobiçada
Provo o teu beijo, chinita
Outra vez mais, encantado
Fico bombeando teu corpo
...quero saber teu passado
Andas comigo – hace tiempo
E de ti, sei quase nada
Desconheço de onde vieste
...onde mais foste beijada?
Tens meu apreço, chinita...
E te confesso esta hora
És a maior benquerença
De todas que tenho agora.
Talvez por isso me indague
Por onde foi que andaste
Tiveste em quantas moradas
...e quantos lábios provaste?
Eu sei que és minha, chinita...
Também que ofertas teus beijos
A tantos outros que chegam
Mesclando sede e desejo
Mesmo beijando esses tantos
Meu coração, não maltratas
Entendo que é teu destino
Bombita de ouro e prata