Folhetim
Luiza Possi
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres, que só dizem sim
Por uma coisa à toa, uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E se tiveres renda
Aceito uma prenda, qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades, sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte, te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada, descartada do meu folhetim
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres, que só dizem sim
Por uma coisa à toa, uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E se tiveres renda
Aceito uma prenda, qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades, sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte, te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada, descartada do meu folhetim
Pois já não vales nada
És página virada, descartada do meu folhetim