No Fundo, Sempre
Mariana Pacheco
A mais forte
Que não sente
Como as rochas eu sou resistente
Movo tudo
Calmamente
Dura sou, disso estou bem ciente
Não pergunto se é exigente
Inquebrável, aguento-me sempre
Prata, platina, esmagar é rotina
Aceito sem medo e parto e não cedo, mas
No fundo, sempre, fico demente
Na corda bamba o dever de toda a gente
No fundo, sempre
O Hércules vai combater e não foge de repente
No fundo, sempre
Me sinto indiferente se não estiver presente
Está tudo mal, o golpe final
Destruição total, a destruição total
Pressão como um plin plin plin que não vai parar, whoa
Pressão que faz tic tic tic que até rebentar, whoah-uh-uh
Dá à tua irmã que é mais crescida
Dá-lhe todo o peso a mais na nossa vida
Quem serei se não puder ajudar?
Se cedo à
Pressão, fico fico fico mal porque me agarrou, whoa
Pressão que faz tic tic tic e quase já rebentou, whoah-uh-uh
Dá à tua irmã porque é mais forte
Que se aguenta mais mesmo sem ter sorte
Quem serei se não puder carregar?
Se eu hesito
No fundo, sempre
Estive nervosa e pior agora, sinto-me impotente
No fundo, sempre
Nenhum icebergue o impede, o barco segue em frente
No fundo, sempre
Pensei se ser valente seria permanente
Alinhar o dominó, a brisa soprou
Tu tentas impedi-lo só que nunca mais parou
Achar que está a passar vai libertar expectativa e a alegria
Poderá vir alguma calma
Para ser não temos e apenas vemos
A pressão vivemos tão dura, tão muda e não ajuda
Pressão como um pim pim pim que não vai parar, whoa
Pressão que faz tic tic tic que até rebentar, whoah-uh-uh
Dá à tua irmã porque não lhe custa
Fardos de família já a nenhum assusta
Vê a torcer-se depressa mas não quebrar
Sem errar
Pressão e eu fico fico fico mal porque me agarrou, whoa
Pressão que faz tic tic tic e quase já rebentou, whoah-uh-uh
Dá à tua irmã, nem sequer reflitas
Se essa pressão te deixar aflita
Quem serei se não puder aguentar?
Não vou quebrar, sem errar
Sem pressão