Diario de Um Interno 2
MC Kaverinha
Mãe, a lágrima rolou quando você foi embora
As trancas se fecharam e a tristeza volta
Na mente passa um filme de todo passado
Quando eu não te escutava e só andava armado
Hoje trancafiado de cabeça baixa
Mas nessa fundação é vários da quebrada
Avistei o parceiro, um dos disciplina
Pedi um biriri pra falar com a família
Liguei pro meu coroa, mas ele nem pá
E um grito de fundo: A lili vai cantar
O monitor tá vindo tem que desligar
Forte abraço pra geral um dia eu vou voltar
Opressão aqui é de monte bate mó saudade
Geral do bonde de bode na comunidade
No presente eu tô privado da minha liberdade
Só lembrança dos que foram pela eternidade
Mas morre um nasce outro e o crime não para
Século 21 revolta dos quebrada
O futebol pro pobre não da esperança
Fruto da vida bandida que vem de criança
Vida loka não compensa escuta o recado
Se passaram cinco meses eu tô internado
Anda em câmera lenta esse maldito tempo
Amanhã faço dezoito, completo aqui dentro
Mema fita que eu só menor revoltado
Meu alvará chegou o dia tão esperado
Os parceiro falou
Vai com Deus, aliado
Um dia nóis se tromba lá do outro lado
Aí eu percebi que o papo era reto
Lá chamaram o meu nome e eu com corte a zero
Um abraço pra geral sincero e transparente
Alegre e livre no mundão hoje nóis tá contente
Lê lê lê lê lê laia
Pra você que não cantou a lili vai cantar
Pai nosso que estais no céu proteja meus irmãos
Não fique parasitando sobre a opressão
Lê lê lê lê lê laia
Uma chuva de oração para forte ficar
Hoje eu tenho os parceiros
E não posso mais ver
PJL aos privado
É o salve BDP