R.U.A 11 (Armagedom)
Nocivo Shomon
[Nocivo Shomon]
Rimando com a mente, fumando calmamente
Na selva de cimento, amor no peito plante
Quantos Dalai na Lama viraram diamante
Um duelo eterno no inferno de Dante
Em Deus o meu levante, sente o flow que espanca
Julgando Maradona que se perdeu na branca
Marcas que nem o tempo da nossa alma arranca
Palavra que liberta, os corações da tranca
Rap na ideia franca, vai ver como sofri
Os prêmios da batalha, e quanto eu sou free
Os prêmios da batalha, e quanto eu sofri
Me afundei nas drogas e aquilo que álcool traz
Pedra pó de Antraz, o vício capataz
Em busca do perdão, o que ficou pra traz
Pra escapar do copo com fé serás capaz
Nas lágrimas da guerra favela pede paz
Rap é o som, viver é um dom
Na Babilon, Armagedom
Rap é o som, viver é um dom
Na Babilon, só Deus é bom
[Pateta Cód. 43]
Código 43
Se essa rua, se essa rua fosse minha
Seria um bom lugar pra semear um futuro
É o eclipse, é a praga do Apocalipse
É sujeito, é o suspeito procurado na blitz
É o retrato falado da postura marginal
É o vírus letal, é o rap Nacional
Armagedom, poeta da Babilon
Só metáfora explosiva em busca da ressurreição
A salvação é uma dádiva divina
Que resgata, restaura, conduz e determina
Reação em ação, traição, mundo cão
Cai no chão, explosão
(E ninguém estende a mão)
Confusão, confissão, solidão
Depressão, seguindo na contramão
(Em rota de colisão)
E eu não vim pra disputar quem que tem mais ou menos fã
Meu ídolo não tem Facebook nem Instagram
Em Cristo, minha fé se renova em cada manhã
Minha família, minha riqueza, minha vida, meu talismã
Nessa guerra de hype, cegos pelo ego
Foge, porque é aí que a bomba explode
Se afogando nos likes dentro do calabouço
Eles despreza belas obras e segue o falso esboço
Se essa rua, se essa rua, fosse minha
Seria um bom lugar pra semear um futuro
Pra mim não precisar ver seu filho e a sua filha
Sangrando na calçada baleado, cheio de furo
[Viela 17]
Burguêses vem de rataria
Pisaram no povo, fizeram barraco
Senzala, deu graças ao cão demasia
(Toma!) no beco, tem corre de dia
Moleque bolado puxou a pistola, um tiro
Jornal no outro dia a notícia
Puta que pariu, que mundo louco
E não faltou conselho
Zuaram a favela, camisa amarela
Total desespero, escorpião de espora abaixo
O bote acerta o moleque, é mó preconceito
Cachorro esbraveja na febre do rap
Tem tiro pro alto, asfalto com sangue
Tem trampo pro coveiro
Menos um pivete cai avante, (jaz)
Quem sonhou que o crime compensava
O fim anuncia o princípio
A mãe no suspiro, quebrada toda devastada
De bandeira branca protestando
Destoou da massa
Playboy 10 a 0
Aqui a tristeza colore a faixada
Você insiste em seguir
Aí, cupade, é louça
Partiu pesadelo intenso
Bandido no bote de touca, puta de cabresto
Pau mandando, rato sem cultura
Comédia distorce o passado
Se afoga na lama mais pura
Vida acelerada, tu é brabo, só vacilação
Sua morte destrói o respeito
Viela em luto, desmonte, desgraça à milhão
[Atitude Consciente]
Mas hoje eu sei que a minha rua não é sua rua
Só essa aqui tem o meu sangue, lágrima e suor
Cada palmo dessa quebrada viu a minha luta
E os leõs que assassinei que me atacou sem dó
E aí, moleque, se essa fosse minha última letra
Ia falar pro cê: Escuta seu pai e sua mãe
Sabe a frase que você fala: Nóis é muita treta
Já vi vários silenciar com os tiros de fazan
E lágrimas escorre
E essa rua está cruel como qualquer lugar
Relato é de quem sabe
Que sofre, vê de perto
Armagedom é diáriamente aqui no Paraná
Sem querer se pagar mas aprendi foi na cadeia
Quando a coisa fica feia
Que o fraco não tem espaço nem lama
Fraqueza, cadê sua fortaleza
Se faltar um da família, quero ver quem soma
Tem quem aplaude tiro, gosta de verso agressivo, acha bonito
Zé pique canta as história de horror
Duvido ter peito pra levar a notícia pra mãe do amigo
Que tá lá caído, vítima dos disparo que a polícia efetuou
Se hoje eu canto a dor, sou narrador do ódio
É que um passado conturbado me fez gladiador
Duvido a psiquiatria apagar os velório
E tira do peito a dor de perca de quem cê amou
[Diogo Loko]
Enquanto minha alma escreve uns versos antes das sete
De fato o medo persegue quem tem medo de viver
Desde moleque minha cor escura esclarece
Mema fita se repete programado pra correr
Destravo mente nas trek, prevendo o que antecede
A maldade que o povo elege fez quinhentos mil morrer
Sonhos não cabe na bag, sentimento difere
Rima que arrepia a pele, quando o boombap bater
Periferia padece verdade que se revele
Cê sabe sempre acontece, o Bispo corrompido é ateu
O pai mata filho e faz prece, na mídia aparece
Diz que não se reconhece, a humanidade se perdeu
No vale assombrado nós segue, quem tem fé que ore ou reze
Enquanto minha filha cresce, o mundo se esquece de Deus
Perdido trombei o rap, Bosque Samamba DF
Aonde tudo acontece de Alemão à Fariseu
Ganância humana mata o mundo negô
Os fim dos tempo que vivemos ódio matando amor
Por causa da tua heresia, o rebanho desandou
Cê foi profeta quando disse que o Armagedom chegou
Escutei que a cura pode ser a doença
Vivendo essa vida de maneira intensa
No fundo da Norte, dançando com a morte
Se liga pastor, não brinque com minha crença
O Lobo se isenta em sua penitência
Matilha fracassa se o Alfa não pensa
Com fome na caça, honrando sua raça
Meu flow de quebrada, levada violenta
[Face da Morte]
Licensa aqui meus irmãos, Nocivo Shomon chamou
(E o anjo derramou a sétima taça da ira do Senhor)
FDM e o esquadrão, só sangue bom fechou
É a batalha final, é a batalha final
É o Armagedom, é o Armagedom
O inicio da nova era, mudança na atmosféra
(O filho do Rei desceu pra governar pros plebeu)
O anti Cristo chora desespera, não sabe o que te espera
Pro cê, mil ano de desgosto, ah
A partir de hoje o seu lugar é lá no fundo do lago de fogo
(No enxôfre, no lodo)
É o anti Cristo sim, é o anti Cristo sim
1 Dollar por dose pra comprar Covaxin
Bilhões em propina, raposas rapinam Brasília
Favela chora, Covid devora as família
Nunca fugi de batalha, Armagedom minha cara
Tô a 26 nessa bala, tô ancião no Valhalla
Se o rap a rua é rap, então eu tenho o meu lugar de fala
Admiro o Speed mas meu Flow é mais Slow
É mais Soul, mais Emotion
Sempre foi Love, nunca foi Hype
Desde o tempo das Garrard
Kl Jay trocava os Fader, da Norte caia pra Night
Maleta da DJ Shopping, tênis Puma e moleton
30 ano de Hip-Hop, bem vindo ao Armagedom
Quem é original não desoriginaliza
Aqui é rua, aqui é rap nunca foi esse mundinho de brisa
Sou combatente, linha de frente
Pra cantar rap eu tirei patente
Quer fazer o teste?
Tente!
[Alex NSC]
Eu vim de lá
Eu vi o que a policia faz com os pobre
Quando pega na madruga, forja, mata, nos oprime
Eu vim de lá
Eu vi inocente levar facada por ser de outra quebrada
Gaguejou é triste o crime
Eu vim de lá
Compra frustrada dos respirador
Investiga os Governadores e o povo tá nem ai
Eu vim de lá
Sou alvo governista nessas dores
Nossa mãe jogando flores com a ajuda da CPI
Eles não sabe quem se foi ou quem se vai
É moldado o momento dar rolé no Benks
Botar brega funk começar a descer
Paquitão com o demônio, viva o rap Game
Fake dos game, do lado das Gringa
Que a playbozada grita: Paga pau
Rap que salva em estado de coma
Nosso País já foi mais original
Bosta com Cash, com a cara de mal
Pandemia, fome, meu povo que sofre
O TrapStar Brasileiro é uma onda
Discute, discute e não rola um pacote
Bosta com arma se ameaça
A nova geração do Trap maquiage
Os bandidão, a gang do mal mal
Depois grava junto mó comediage
Rapadura num atura, aqui Nordeste nas altura
Me tira da viatura, num alisa a magistratura
Sabe quanto que a vida é dura, tanto bate até que fura
Não bate com a assinatura, governo mó cara dura
Engana para a postura, estudo negado à rua
Linguagem, literatura, expressão, caricatura
O povo paga a fatura, inscrito pra viatura
Não tem baile de formatura, favela sem estrutura
RUA 11
[Guind'art 121]
Hã, hã e é bem louco pensar
Que essa porra um dia vai acabar, hou
Disposição pra virar, e fé naquele que um dia vai voltar
Tô de nave pelas área, viver melhor que antes
No pique Sheik da Arábia, com a visão muito adiante
Eu quero é mais é troco
Eu não nasci pra figurante de cordão de ouro
Eu fico muito elegante
O sistema não me abala, de rima sou traficante
Vendo mais que qualquer boca, a realidade num é distante
Quantos vida loka ainda vai recorrer ao crime
Sempre dando os pulo pra não empunhar os calibre
Do inferno ao paraíso subindo a principal
Porra, Capital Brasília, salve rap Nacional, ôuu
Com um Beck na bag, outro playboy tá no jet
Dá nada papai é Doutor
Se a pele for Black cuidado pivete
Que tu pode sentir a dor
O pivete acorda, é pá pum
O boy acorda com a babá
Da janela eu vejo o fim do mundo
Vai vendo Jesus vai volta
Do que adianta dinheiro, Jaguar
Jato, lancha, comprando mansão
Prepara os guerreiro que tu volta na bala
Quem tá na rua já tá na missão, ó
Só o dom, sem cifrão, só saber
Imaginou, não passou na TV
RUA 11, Guind'art amém
Favela no topo do poder, vai
[Rapadura]
Hã, reia, oxii
Rapadura, Ceará
RUA 11
Da arma de graça e quer que eu pague o karma ao garçom
Se a carne tá muito cara, eu boto a alma no som
Homem ao quadrado opera fantasma à margem do dom
Com dois H's pra Agamenon, Hip-Hop no Armagedom
Nasci no débito, e o crédito é só para agradecer
Enésimo dia à Z, todos devem ao ABC
Tá nada bom em SC, SP tá no S. Pra. C
MC MMC, mestre tem além de um M e um C
Quem vem do Nordeste nunca perde o Norte
O Pop fez fila, cumpro à meta e mato com morte
Vim do canco e o jogo cega o globo, não tô por esporte
Se é GhostFace Killah, eu sou a própria Face da Morte
Teorema de Tales DF, discuidou, fudeu, já era
PunchLine é 1 Guind'art, pro seu Best é Best Seller
Voltou 17 féla, num sabe o que é Viela Golden Era
Quem supera Thaide e M'c Jack Espera
Dispedaçaram a ponte entre Eufrates e Aqueronte
A maioria some e não assume, e o filho pune
Cê quer que Augusto Cure, que a Marisa Monte
A quebrada te desaponte já que viu uma luz no fim do Tune
Projac num é Proac, reclame no Procom
Aqui não é Compton, nesses cu meto Comon
Rap Móvel tão bom, mais Nocivo que Shomon
E o rap móvel faz sinal de arma pro Armagedom