Santos Populares
Novelta
Nordestina, sina desse meu viver.
Coisa fina, ensina o que é pra não morrer.
Ou corta a pele e mata assim como um punhal.
E abre o corte todo como se fosse sal.
E o que importa é a lei!
Corpo certo, lindo. Estátua colossal.
Nela o espaço todo serve p’ra o arraial.
Instinto aperta um laço quase natural.
Sinto meu próprio corpo parte desse animal.
E o que importa é ser!
Tem o teu olhar a me chamar. Pra quê?
Olho o teu vestido a insinuar, pr’eu ver!
No destino circular de se viver,
Quem tem por aqui aparece sempre a oferecer.
Caminho apontar o largo. Efeito que é natural!
Versa melhor quem a chama “princesa comercial”.
Onde o que importa é ter!
Corpo certo, lindo. Estátua colossal.
Nela o espaço todo serve de arraial.
Instinto aperta um laço quase natural.
Sinto meu próprio corpo parte desse animal.
E o que importa é ser!
Tem o teu olhar a me chamar. Pra quê?
Olho o teu vestido a insinuar, pr’eu ver!
É toda um coração aqui a pulsa, só crer.
É toda a vocação de se comprar e vender.