A Bailarina e o Soldado de Chumbo
O Teatro Mágico
De repente toda mágica se acabou
E na nossa casinha apertada
Tá faltando graça e tá sobrando espaço
Tô sobrando num sobrado sem ventilador
Vai dizer que nossas preces não alcançaram o céu?
Coração, que ainda vem me perguntar o que aconteceu
Conta se seu rosto por acaso ainda tem o gosto meu
Com duas conchas nas mãos
Vem vestida de ouro e poeira
Falando de um jeito maneira
Da lua, da estrela e de um certo mal
Que agora acompanha teu dia
E pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço
Recanto e despeço da magia que balança o mundo
Bailarina, soldado de chumbo
Bailarina, soldado de chumbo
Beijo e dor
Bailarina, soldado de chumbo
Nossa casinha pequena
Parece vazia sem o teu balé
Sem teu café guardado
Soldado de chumbo não fica de pé
Nossa casinha vazia
Parece pequena sem o teu balé
Sem teu café requentado
Soldado de chumbo não fica de pé