Campeando um rastro de glória
Venho sovado de pealo
Erguendo a poeira da história
Nas patas do meu cavalo
O índio, que vive em mim
Bate um tambor
No meu peito
O negro, também assim
Tempera e adoça
O meu jeito
Com laço e com boleadera
Com garrucha e com facão
Desenhei pátria e fronteira
Pago, querência e nação

Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu construí
O meu Rio Grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar

Sou a gaita corcoveando
Nas mãos do velho gaiteiro
Dizendo por onde ando
Que sou gaúcho e campeiro
Eu sou o moço que canta
O pago em cada canção
E traz na própria garganta
O eco do seu violão

Sou o guri pêlo duro
Campeando o mundo de amor
E me vou rumo ao futuro
Tendo no peito um tambor

Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu contruí
O meu Rio Grande, o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri, vai achar

  1. Canto Alegretense
  2. Origens
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