Sina de Gaiteiro
Os Monarcas
Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia
Pedem vaza ao universo essas notas araganas
Campeando amores perdidos nos braços das Querumanas
Se o tranco do fole lembra de mágoas e desencantos
Como chinas desprezadas choramingam pelos cantos
(E quando o dia pede cancha num vaneirão derradeiro
Tramela a porta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro
Tramela aporta do rancho e cala a gaita e o gaiteiro)
Os botões da velha gaita vão semeando melodias
Que dos dedos do gaiteiro rebrotam em harmonia
O braço rude do taita num vai e vem quase em coro
Nesta prosa de mão dupla ajeita mais um namoro
Essa é a sina do gaiteiro que ao se abraçar a parceira
Dá de graça essas venturas que campeou a vida inteira