Timbre de Galo

Os Serranos Os Serranos

Rio Grande, berro de touro quatro patas de cavalo
Quem não viveu esse tempo vive esse tempo ao cantá-lo
Eu canto porque me agrada deste meu timbre de galo
É verdade que alguns dizem que os tempos hoje são outros
Que o campo é quase a cidade e os chiripás estão rotos
Que as esporas silenciaram na carne morta dos potros
Cada um diz o que pensa isso aprendi de infância
Mas nunca esqueça o herege que as cidades de importância
Se ergueram nos alicerces dos fortins e das estâncias
Não esqueça de outra parte para honrar a descendência
De tudo aquilo que muda, muda só na aparência
E até num bronze de praça vive a raiz da querência
Eu nasci no tempo errado ou andei muito depressa
Dei oh de casa em tapera, fiquei devendo promessa
Mas se eu pudesse eu voltava pra onde o Rio Grande começa
E se me chamam de grosso nem me bate a passarinha
Argila do mundo novo não tem a mescla da minha
Sovado a casco de touro com águas de carquejinha

Rio Grande, berro de touro quatro patas de cavalo
Quem não viveu esse tempo vive esse tempo ao cantá-lo
Eu canto porque me agrada neste meu timbre de galo

  1. A Primeira Vez
  2. Ginete de Fronteira
  3. Um Bagual Corcoveador
  4. Bugio Dos Bailes
  5. A Estampa do Rio Grande
  6. Nossa Vanera (feat. Sergio Reis)
  7. Meu Retorno
  8. Pescador y Guitarrero
  9. Abre o fole Tio Bilia
  10. Bugio da Fronteira
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