Poesia do cu
Pânico
Cu
Porteira redonda
Cercada de fios de cabelos
Por onde passa o sivelo
Das tropas que vem do buxo
Pra conservar tuas pregas
Não precisa muito luxo
É só limpar com umas macegas
No velho estilo gaúcho
Te saúdo
Cu
De índio xucro
Sovado de tanta bosta
Com que coragem tu mostras
Quando a merda vem a trote
E se ela é meio dura
Devagar tu não te apura
Pra evitar que te maltrate
Cu
Velho cu miserável
Sempre de boca pra baixo
Pois sendo cu de índio macho
Desse que cagam em tarugo
E nunca deixa refugo
Se alguma merda carregas
E só limpar com macegas
Ou mesmo usando um sabugo
Cu
Mártir do corpo
Malquisto e desprestigiado
No mais das vezes cagado
E enferrujado na rosca
Tu destino é coisa obsta
Pois em quanto à vida passa
A boca bebe cachaça
E tu sempre a juntar moscas
Tenho dito