Farrapo De Gente
Pedro Bento e Zé da Estrada
Adeus amigos das madrugadas perdidas
Minha esperança para sempre eu já perdi
Adeus mulheres perdição da minha vida
Eu vou embora e nunca mais eu volto aqui
Meu violão quero deixar de presente
Para o infeliz que ocupar o meu lugar
Quem como eu venha fazer a essa gente
Viver sorrindo com vontade de chorar
Há muito tempo lá no centro da cidade
Deixei meu lar em um imenso mar de dor
Deixei aquela que me amava de verdade
Para sentir a tentação de um novo amor
A minha esposa lamentando a negra sorte
Voltou de novo para a casa de seus pais
E hoje ela mil vezes prefere a morte
E ao meu lado não pretende voltar mais
Às vezes penso desertar da própria vida
Lembrando o homem que eu fui antigamente
O maus amigos as mulheres e a bebida
Me reduziram neste farrapo de gente
Sinto remorso afugentar a minha calma
Porque perdi tanto dinheiro e tanto fama
E por castigo o que mais me dói na alma
É recordar que naufraguei meu lar na lama