Canto de Oyá
Rosa Amarela
Sou feita de vento, de fogo de aço
Não me perturbo, mau tempo do tempo renasço
Entre matas, estradas e bambuzais
Eu passeio onde ninguém vai
Minha mãe me ensinou
A ser brisa quando puder
E também me deu
A valentia, de mil búfalos em uma mulher
Me faço no tempo
Na sombra do espaço
Meu caminho não é lento
Sou impulso
Sou rastro
Os raios nos céus são portais
Que me levam
Onde ela está
Minha mãe me ensinou
A ser brisa quando puder
E também me deu
A valentia de mil búfalos em uma mulher
Oyá, borboleta
Yansã, minha rainha
Oyá, borboleta
Sua força também é minha
Oyá, borboleta
Yansã, minha rainha
Oyá, borboleta
Tua força também é minha
Oyá
Tua força tem nove mistérios
Oyá
Em tua essência divina eu me entrego
Oyá
O teu canto que corre no vento
Fazendo o tempo parar
Oyá
Com você me envolvo nessa dança
Oyá
O teu fogo renova esperança
Oyá
Tempestade, rajadas de vento
Força que faz transformar
Agradeço o seu amor minha mãe
Eu saúdo todos os dias
A oportunidade de nessa vida
Ser a tua filha, a tua protegida, a tua menina
E ter a tua força dentro de mim
É honra em todas os momentos de batalha
Salve os ventos de Yansã
Oyá, borboleta
Yansã, minha rainha
Oyá, borboleta
Sua força também é minha
É que eu sou filha do vento e não me rendo ao mau tempo