A Rosa e o Espinho
Rosa de Saron
É assim
Fica sempre um pedaço de nós
Quando existe amor
E, apesar da dor
Se permite amar
Vai sentir
Num abraço ao regresso no lar
Ou na cicatriz
Do que já viveu
E não vai voltar
Se você tivesse o poder
De apagar toda dor que viveu por aqui
Mas lhe custasse também
Não viver a alegria, o que iria querer?
O que restaria, enfim?
É assim
Não existe uma estrada sequer
Para atravessar
Que não vá sangrar
Nem cansar seus pés
O que eu sei
É que o amor faz valer a aflição
Quer saber, então?
Se quiser curar
Se permita amar
Se você tivesse o poder
De apagar toda dor que viveu por aqui
Mas lhe custasse também
Não viver a alegria, o que iria querer?
O que restaria, restaria, enfim?
Como cultivar a rosa
E não aceitar seu espinho?
Você pode descobrir
Que o amor faz valer o caminho
Se você tivesse o poder
De apagar toda dor que viveu por aqui
Mas lhe custasse também
Não viver a alegria, o que iria querer?
E se você se tornasse esperança
Pra quem desistiu de esperar florescer?
E semeasse a lembrança que diz
Que o amor faz a vida valer?
Qual seria o seu jardim?
Qual seria o seu jardim?