Dias Impossíveis
Seu Pereira
Olha, nesses dias impossíveis
Onde o medo anda na moda
Empatando a foda, risos, laços, nós
Quero que você tome cuidado
Beba seu café coado
Lembre de nós dois a sós
Olho tudo tão radioativo
Sem ouvidos pra minha boca
Na cidade oca, eu, só eu, no chão
Canto pros fantasmas nas esquinas
No silêncio das ruínas
Eu, só eu e o violão
E quando o Sol enfim
Rasgar as nuvens densas e as antenas
Religarem pontes invisíveis na atmosfera
Eu te mando nudes do meu peito aberto
Com a mensagem tatuada por favor me espera
Logo, dou meus pulos, troco a tela
Vou-me embora dessa terra
Faço corres, guerras, pra te reencontrar
Lembre como a gente se ama
Ligue o velho holograma
Eu, você a Lua e o mar
E quando o Sol enfim rasgar
As nuvens densas e as antenas
Religarem pontes invisíveis na atmosfera
Eu te mando nudes do meu peito aberto
Com a mensagem tatuada por favor me espera