Amigo Descarado
Teodoro e Sampaio
Eu não devia ter emprestado meu carro
Para sujar todo de barro e ficar todo amassado
É o que dá emprestar um carro novo
Fino, igual casca de ovo, a um amigo descarado
Pegou meu carro e por aí foi esnobar
Bateu e pra não pagar diz que a lei é incorreta
O sem vergonha rachou meu carro no meio
Botou a culpa no freio, tirando o dele da reta
Ah! Ele vai ter que me pagar
Paga ou entra no porrete
Só de ver o negão que vai cobrar
Dá pra ele imaginar o tamanho do cacete
O safado encheu a cara de cachaça
Foi dar volta lá na praça, dirigindo só de cueca
No meu carrão dando uma de importante
Com uma mão no volante e outra na perereca
Tinha mulher até em cima do motor
No embalo do licor, dançando samba e xaxado
E de repente foi aquela cacetada
Que espalhou a mulherada por tudo quanto foi lado
Ah! Ele vai ter que me pagar
Paga ou entra no porrete
Só de ver o negão que vai cobrar
Dá pra ele imaginar o tamanho do cacete