Metendo o Pau
Velho Milongueiro
Quando eu era gurizote fui morar com meu avô
Lá estava minha prima e o namoro começou
Já se fomos pra capoeira e uma aranha me picou
Quando viu a picadura, minha prima desmaiou
Por causa disso eu sou que nem um lobo mau
Eu não posso ver aranha que já vou metendo o pau
Metendo o pau, metendo o pau
Não posso ver aranha que já vou metendo o pau
Num lugar mal-assombrado que passei no fim do dia
Disseram que a meia-noite um fantasma aparecia
De repente no escuro me pulou uma coisa fria
Uma baita perereca que até hoje me arrepia
Por causa disso eu sou que nem um lobo mau
Eu não posso ver perereca que já vou metendo o pau
Metendo o pau, metendo o pau
Não posso ver perereca que já vou metendo o pau
Numa sexta-feira treze quando o dia terminou
Tinha um bicho cabeludo e no escuro me avançou
Era um tamanduá-bandeira, por sorte não me pegou
Matei o bicho de susto, mas o medo não passou
Por causa disso eu sou que nem o lobo mau
Sendo bicho cabeludo eu já vou metendo o pau
Metendo o pau, metendo o pau
Sendo bicho cabeludo eu já vou metendo o pau