Pamplona
Yung Vegan
Fartura, no mundo material
A febre continua
Flashing lights, fama, sexo
Eu detesto vernissage, cavalo de fuga
De Nike e de lacoste
Numa névoa densa de cineastas mortos
Violência e performance
Deuses canibais, vermelho godard
Sina e sinopse
A vida inteira eu quis um verso sintético
Amar mulheres, me sentir vivo
A vida tem sido cruel comigo
Menor, tô cinza, é muita bad vibe
Cavalo-de-batalha, um duplo do van gogh
Eu tô ligando o foda-se
Ouvindo confessions on a dance floor
Tô de perfume bvlgari
E continuo lendo michael foucault
Eu vou me levantar, lançar uma caloi confort
Vou nem chamar ela para ver o novo do almodôvar
Em algum lugar em botafogo
Bagulho de hype acaba com meu estômago
Eu perdi o sono mais uma noite
Pra que seja visto por todos
Londres, Paris, manhattan, recife
Gás lacrimogêneo e crianças chorando
Talheres de prata, arquitetura gótica, pérolas de plástico
Eu andei por escombros, eu ande pela augusta
Eu vi pinturas e esculturas no masp
Hoje eu sou raridade na história da arte
Com mil camadas de metalinguagem
Ouço madonna e ligo o foda-se
Irremissível, intempestivo, uma dose de crueldade
Sonhos, chuva, cinza, claro, intransponível