Raça
Fafá de Belém
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalalá, laralalá
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalalá, laralalá
Lá vem a força, lá vem a magia
Que me incendeia o corpo de alegria
Lá vem a Santa, maldita euforia
Que me aquece, me joga e me rodopia
Lá vem o grito, o berro de fera
Lá vem a voz de qualquer primavera
Lá vem a unha rasgando a garganta
A fome, a fúria, o sangue que já se levanta
De onde vem essa coisa tão minha
Que me aquece e me faz carinho?
De onde vem essa coisa tão crua
Que me sacode, me põe no meio da rua?
É um lamento, um canto mais puro
Que me ilumina a casa escura
É minha força, é nossa energia
Que vem de longe pra me fazer companhia
É Clementina cantando bonito
As aventuras de seu povo aflito
É Seu Francisco, boné e cachimbo
Me ensinando que a luta é mesmo comigo
Todas Marias, Maria Domingas
Atraca Vilma e Tia Hercília
É Monsueto e é Grande Otelo
Atraca, atraca que o Naná vem chegando
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra-iêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aiêra-iêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra
Lalá-lalá, lalá-lalá, laiêra