Empresário e o Pecuarista
Léo e Raphael
Na cidade de São Paulo onde eu fiquei hospedado
Numa viagem de família que eu fiz pra outro estado
Na esquina do hotel tinha um boteco afamado
Eu desci de qualquer jeito com o chapéu empoeirado
Só queria tomar uma por que eu tava injuriado
Eu entrei naquele estabelecimento de rico
Todo mundo me olhando, me achando esquisito
Eu fiquei desajeitado, esse lugar não é meu tipo
Mesmo assim sentei na mesa e pro garçom dei um apito
Trás um balde de cerveja e o whisky trás o litro
De repente um sujeito no maior atrevimento
Com o terno bem grã-fino e nem era casamento
Me disse que esse lugar não cabe no meu orçamento
Como é que cê vai pagar tudo o que cê tá bebendo?
Vai quer que lavar os pratos, se não vai sair devendo!
Eu sou empresário forte nessa grande capital
Moro num arranha céu, alto padrão social
Tenho um filho advogado numa multinacional
E uma filha que é medica num grande hospital
E se eu falar de dinheiro, vai te deixar muito mal
Retruquei o empresário e falei meu companheiro
cê vai trombar no farpado se o assunto for dinheiro
Só uma fazenda minha compra o seu prédio inteiro
E umas cabeça de gado, compro seu carro vermelho
Eu não sou de me gabar, mas dessa vez não teve jeito
Os meus filhos são formados naquela lida diária
Se eu parar de trabalhar, deixo umas geração folgada
Carne de boi que cê come veio do quintal de casa
E se você quer saber quem é esse que vos fala
É só chegar em londrina e perguntar: Dos menino da pecuária!