Poema de Adeus
Leonel Gomez
Tem o brilho dos teus olhos
Este poema, meu amor
Com a tinta do sangrador
Eu escrevi
Cada gesto, cada cena de nós dois
Rabisquei nestas frases, só pra ti
Foi o brilho dos teus olhos
Em poemas, meu amor
Que trouxeram os meus sonhos
Até aqui
Pega-pegas, que cobriram nossas vestes
Eram confetes de alegrias que vivi
Chora a cancela, porque o vento quis assim
Invade a casa, o cheiro suave de alecrim
Quer fazer pontos nesta frase que escrevi
O sal dos olhos que insiste em cair
Leva o brilho dos teus olhos
Neste poema, meu amor
Em cada canto de estrada
Seja por onde for
Da tropilha de mil pêlos, o tranqueador
E na trança do cabelo, uma flor
Digo ao brilho dos teus olhos
Em silêncio, meu amor
Solta pra o campo
O teu sonho potreador
E se a saudade, acaso for
Te veste em Dalva, pra alumbrar meu corredor
Chora a cancela, porque o vento quis assim
Invade a casa, o cheiro suave de alecrim
Quer fazer pontos nesta frase que escrevi
O sal dos olhos que insiste em cair