Alma do Sertão
Luiz Gonzaga
Ai como é bonito a gente ver
Em plena mata, o amanhecer
Quando amanhece
Até parece que o sertão
Com alegria
Vai despedindo a escuridão
E a passarada
Em revoada, tão contente
Alcança o espaço
Num grande abraço a toda gente
Quando amanhece
O sol aparece em seu esplendor
Secando o orvalho
Faz da campina, imensa flor
Sai o caboclo
Levando ao ombro, o enxadão
Vai pra roça
Donde ele tira o ganha pão
Quando amanhece
Ao despertar de um novo dia
A natureza
Traz para a mata a alegria
E tudo muda
Com a chegada dessa hora
Cantando todos
Em louvor à nova aurora