Quando Eu Crescer
nOus (Baka Gaijin)
Ainda tenho medo do escuro
Tenho o coração puro, inseguro
Em cima do muro, nunca pensei no futuro, nunca dei duro
Alguns dizem que eu sou imaturo
Há algum tempo procuro, mas até hoje eu não encontrei o tal do tostão
Só o furo!
E nesse caminho obscuro eu vivo em apuros, eu juro, é minha opção
Eu gosto da solidão, por isso eu não me misturo
Deus, por que que eu tinha que ser assim tão burro?
Primeiro dos valentões, agora da vida: Um murro
Sabe o que eu quero ser quando eu crescer?
Quero ser criança quando eu crescer
Quero que as notas sejam sem valor e que as moedas sejam de comer
Sabe o que eu quero ser quando eu crescer?
Quero ser criança quando eu crescer
Me esconder debaixo do meu cobertor e rezar pro amanhã me esquecer
Guardei a frustração na maleta e fui
Investir a vida nesse mal-me-quer
Já nem lembro mais onde deixei meus sonhos
Se foi no trabalho ou num bar qualquer
Fiz do meu legado um espelho meu
Honre meu fracasso sendo igual a mim
Filho, não se iluda com essas fantasias, ou será seu fim
Agora eu enxergo a vida com olhos de adulto, novos insultos
Imploro pros vultos, moro num cubo, formo tumulto, choro
Pago uma pá de seguros e vivo inseguro com quem eu sou
Meu medo é que o mundo descubra a minha desgraça
Eu sei, me escondo por trás de fachadas que não representam minha verdade
Mas de nada importa a paz diante da opinião
As invejas me fundamentarão
Você decide pra onde eu vou
A ideia nunca foi ser feliz de verdade, apenas fazer parecer que eu sou
Sabe o que eu quero ser quando eu crescer?
Quero ser criança quando eu crescer
Quero que as notas sejam sem valor e que as moedas sejam de comer
Sabe o que eu quero ser quando eu crescer?
Quero ser criança quando eu crescer
Me esconder debaixo do meu cobertor e rezar pro amanhã me esquecer
Lembro da criança que um dia eu fui
Da sabedoria que eu já perdi
Hoje vago ébrio pelas noites frias
Fui madurecendo até que apodreci
Vivo me enganando com sorrisos falsos
Mas a cada dia fica mais difícil crer
Desde o tempo em que eu me perguntava: E quando eu crescer?