Crônicas de Um Babaca, VOL.1
Zarastruta
Alô, João? Aqui é sua consciência
Tamo eu e seu senso de ridículo aqui
E a gente ta querendo te dar um recado
Cê num atende, num fala mais com a gente
Quando escutar essa mensagem (ah, palhaçada, mano) retorna
Tu é burro pra caralho! (se fuder, mano!)
Eu deixei de ser um idiota, pra virar um babaca
Deve ser por isso que ela ta ligando tanto
Antigamente era cinema, conversa, sushi
E hoje ela só quer ficar me dando!
E eu atendo quando eu quero, nem sempre tô afim de transar (com ela)
Geralmente tô trabalhando (desculpa, amor)
Porra nenhuma, ela me ama só porque suas amigas é minha fã (que bosta)
Meu sonho é ser um ignorante (normal)
Pra seguir a vida adiante (mas não, não, não)
Nasci louco, babaca, pensante
(Legal, problema é seu, já falei pra resolver, João!)
O tempo ta passando eu tô ficando velho
Minhas costas tão doendo
E ainda tem umas contas pra pagar
E olha que essa tosse ainda me mata
Hoje em dia, 1. 8 de potência
Mais pesado que a porra dos mamilos da sua irmã! (que isso!)
Hoje em dia ela me escuta pra limpar sua consciência
Se droga de remédio e desabafa no divã (ai)
O irmão dela me odeia
Minha sogra nunca foi com a minha cara
(Pra deixar claro, ela era falsa pra caralho!)
Mas nunca foi boa em mentir
Queria um playboy
Mas teve que me engolir!
E eu vejo uma pá de mano
Pagando que é pá
Pra na real não servir pra porra nenhuma além de chapar
Pegar a porra das minas, porra meu chapa
Vamo fazer rap e parar de pagar de pica, porra!
Barato é loucão
Nego que se envolve, se perde e não vê
Já vi vários irmãos
Indo embora sem perceber
Deixei as contas tudo paga
E saí pra rua
Um dia eu vou ter a coragem de colar na sua casa
Te deixar toda nua, em brasa
E falar na tua cara que tuas amigas é tudo puta!
E elas só me odeiam
Porque não fiquei com elas
E quando eu fui te avisar
Tu acreditou foi nelas
E deu mó treta, frenesi
Você lá, e eu aqui
E é por isso que hoje eu casei com a Lua, e não com você